Categoria: coisa meio poema
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Mato
Conseguiu assento no ônibus que ia pra universidade. Assento daquele no alto, o preferido por sua memória afetiva de infância e pela memória odiosa do lugar mais baixo, o acessível para cotovelos e paus. Riu da piranha que tirava da bolsa mudando de cor à luz do sol, abriu os dentes e pregou no coque…
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Alguns trechos e outras coisas sobre meu livro
Duas epígrafes que estão no livro: “Somos obrigados, então, a seguir tentando dizer sobre o indizível”Vera Iaconelli, Manifesto Antimaternalista; “Você viu a mãe dela na televisão? Ela disse coisas triviais, calcinadas. Disse achei o poema excelente mas ele me magoou. Ela não disse medo da selva. Ela não disse ódio à selva, selva primitiva chorando…